"O Sol, por ser maior que o dia, despertava, longínquo, dolorosamente vivo, no céu, que era, e é ainda, por não ter passado tempo a mais, lugar típico e aconselhável. Todo o branco, que cortava o verdadeiro azul, flutuava, arrastando-se a si, pelo vento, tornado a manhã inócua.
Uma mulher, demasiado velha para ser criança e por isso a chamo mulher, entrava, ali, no quarto, distantemente perto do dia, e longinquamente do lado de lá, do lado de fora, que se opunha, por ser de fora, o que o quarto ostentava.
Estava só.
Estava sozinho, tendo-a apenas a ela, que se erguia do solo, em pé, atravessando a porta, outrora cerrada, que deixava fugir uma réstia de luz, contrastando com a falta dele no lado de dentro, com o escuro que não se via, ou mal se distinguia. Pensava a mulher, que nome tem, mas irrelevante, o não nomearei.
Estava vazio, o quarto. Que pensava a mulher…? Morrera-lhe, no dia anterior, alguém, que conhecia, mas não ligava. Caiu-lhe uma lágrima, única, do lado esquerdo, não pensava em quem havia morrido, mas sim em si, que morrerá um dia.
Apareceu um homem, ainda com o quarto vazio, além da mulher só, que não conhecia a sombra masculina, mas a via. Via-o, a ele, que se aproximava, em saltos temporais, de distintos locais, que era ele, pessoa não só, que a tornava, a ele, mais só que outrora. Que fazes tu aqui? Resposta não obteve, nem resposta repetiu. O homem, como aparecera, desaparecera. Virou-se, estava ele, em pés descalços, hirto, imóvel, morto, sorriu, riu-se. Gritou a mulher, que caiu, a mulher não via já homem.
Levantou-se, sentou-se, na cadeira, das quatro que haviam lá, estava só.
Outra mulher, que não conhecia ainda, surgira sentada, de esquerdo lado, para ela olhava, sorridente. Estava escuro, o quarto, com duas mulheres, uma sentada, outro do lado esquerdo, na cadeira. Olhavam-se as duas, uma para outra, uma com a outra. Do lado direito, aparecera outra criatura feminina, invisivelmente visível, para quem a via, a do centro, a outra, não parecia esta. Mais uma, agora deitado, entre a cadeiras, no chão, que sorria indubitavelmente, por ter que sorrir, sem saber porquê, ou como.
Uma mulher só, sentada numa cadeira só, das quatro vazias, das quais duas mais estavam ocupadas, a da esquerda e da direita, com três mulheres mais, que as via, e olhava, e sorria, ou chorava, se tivesse que chorar, quando chorava. Ouvia-se a respiração, pesada, é certo, mas solta, perdida, desregulada. Na cadeira da frente, um riso, de homem branco que a assustava já.
A Lua, escura, branca, brilhante, entre as estrelas e o negro do céu, sobressai-se.
Uns olhos, na cama, abrem-se abruptamente. "
O texto que aqui se encontra, destina-se a um trabalho realizado na disciplina de TICM, no curso de Educação Básica, na Escola Superior de Educação do Porto. Através deste pequeno conto, eu e o meu grupo vamos realizar um pequeno filme, e o guião deste. Espero que gostem! :P